quarta-feira, 7 de julho de 2010

A paixão que muita gente tem por um certo automóvel normalmente se restringe ao próprio veículo e acessórios, como chaveiros e camisetas.

O empresário austríaco Markus Voglreiter decidiu levar sua paixão pelo Volkswagen Beetle, o famoso Fusca, um pouco mais longe e construiu uma casa e um restaurante com o formato do carrinho.

A casa de dois dormitórios, feita de pinho e concreto, é construída na fronteira com o parque nacional de Gnigl, próximo de Salzburgo. À noite, quando as luzes do segundo andar se acendem, pode-se ver toda a estrutura principal do “carro”.

A janela do banheiro parece o bocal do tanque. O que é melhor é que a casa foi planejada para poupar energia, usando técnicas de aquecimento menos agressivas ao meio ambiente.

Já o restaurante foi batizado de Das Auto (O Carro, em português) e custou US$ 2 milhões. O projeto contou com co-financiamento de Daniell Porsche, um dos herdeiros da família. O restaurante acomoda 300 visitantes do lado de dentro e lugar para mais 350 nas áreas externas.

Fonte: Globo.com



domingo, 3 de janeiro de 2010

O sorriso de Hitler

Foi em meados da década de 1930 que o caminho do projetista Ferdinand Porshe cruzou com o do ditador para, juntos, conceberem o carro mais popular do mundo.

Em 1934, quando Adolf Hitler tomou o poder na Alemanha, ele imaginou um "Volkswagen", que em alemão significa "do povo".

Durante seu discurso de abertura do Salão do Aumtomóvel de Berlim, o ditador declarou que considerava o desenho e a construção do carro do povo uma medida prioritária para a indústria automobilística alemã.

 Mais tarde ele acrescentou que esse veículo deveria ter velocidade máxima de 100 km/h; ser capaz de enfrentar subidas de até 30%; consumir no máximo 7 litros a cada 100 km, uma vez que o cumbustível era caro (o povo não poderia gastar mais nde 3 marcos a cada 100 km); ter espaço para no mínimo quatro pessoas; custar no máximo 1000 marcos imperiais e, principalmente, ser refrigerado a ar, porque nem todas as casas alemães possuíam garagem, e, no inverno, a água congelaria no radiador.

Ao ver o protótipo, em miniatura, do fusca, fato que provoca um raro sorriso no líder nazista, os fotógrafos fazem um registro pouco comum:  um Hitler descontraído.



Do almanaque do Fusca, de Fábio Kataoka e Portuga Tavares

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Trecho do livro Memórias de um Fusca


E, no entanto, nós somos olhados, pelo vulgo, como se fossemos simples máquinas de atropelar. E como instrumentos de atropelar e fugir. Somos manejados pelos nossos genésios. Bem pensado, eles não merecem maiúscula.

Usam-nos com a maior inconsciência, correndo a alta velocidade, preocupados em ultrapassar os colegas, sem dar a menor atenção ao pedestre. Claro que há exceções.

Há muito sujeito decente, com respeito humano, lembrando-se de que, se eles tem filhos, o pedestre também tem, e a gente nunca deve querer, para os filhos dos outros, o que não desejaria para os próprios filhos...

Orígenes Lessa

terça-feira, 22 de setembro de 2009



Alberto comprara um fusca para ficar em sua casa na roça, mas bastou seus dois filhos botarem o olho no Cartier Bresson para ordenarem: “Pai leva este carro para a cidade”!




O fusquinha, comprado numa pechincha por R$ 1.400,00, e batizado com o nome de um conhecido fotógrafo francês, não estava em condições mecânicas de disputar espaços no caótico trânsito do centro do Rio de Janeiro...



-Num sei não... Respondeu, com certo receio, seu Beto, assim conhecido em Lumiar, distrito de Nova Friburgo, distante 160 quilômetros da capital. Afinal, uma experiência ruim o fez refletir. É que a antiga dona queria R$ 2.400,00 pelo automóvel, mas por azar dela, no caminho pra buscar o dinheiro no Banco Itaú, o bichinho enguiçou e não adiantou nem empurrar. Foi aí que seu Beto mandou: Se a senhora quiser se livrar do problema, agora, lhe dou R$ 1.400,00. Aceita ou não?



Seu Beto acreditava que se ela deu azar, ele também poderia enguiçar. Não queria passar por isso com seus filhos dentro do carro. Mas, os meninos insistiram tanto que lá foi seu Beto pra cidade com os dois. Era tarde da noite. Ao volante ele rezou e se benzeu mais de 10 vezes durante o caminho. E, pra distrair os pequenos, contou histórias de disco-voador...

A viagem fora um sucesso, o valente fusquinha 72 verde azeitona, chegou sem sobressaltos ao seu destino e os meninos ficaram radiantes com o final feliz da grande aventura. No dia seguinte os meninos insistiram para ir ao cinema do shopping. Queriam ir com o Cartier Bresson...

Depois de assistirem “A Era do Gelo”, os três seguiram para o estacionamento, já quase vazio, pegar o carro.

Jairzinho, de 6 anos se ajeitou no banco de traz. Betinho, o mais velho, de nove anos, sentou-se no banco do carona. Seu Beto, na direção, enfiou a chave na ignição e... O bichinho não pegava. Outra tentativa, e nada... Depois da quinta tentativa decidiu empurrar. Procurou alguém que o ajudasse, mas não havia ninguém...

Foi quando pediu a ajuda ao menino maior:-"Betinho, fica lá atrás do carro e usa toda a sua força, que eu vou empurrar aqui perto da porta", pediu o pai. Dentro do carro Jairzinho observava tudo, divertindo-se com mais uma aventura. “Vamos lá”! “Força”! “Empurra Betinho”! Berrava.

O bichinho verde, então, alcançou razoável velocidade. Seu Beto, com agilidade, abriu a porta e pulou com o carro em movimento. Virou a chave, pisou na embreagem, passou a 2ª marcha e acelerou...


Cartier Bresson, mais uma vez, heróico, roncou o motor, deixando Jairzinho boquiaberto com tudo o que, naquele instante, presenciava. Estava nas nuvens. Sentia-se um Indiana Jones. Seu Beto parou o veículo para que Betinho também pudesse entrar, e foram pra casa...

Na garagem, depois do susto, Jairzinho, elogia: “Pai, você foi demais”! Só o senhor pra comprar um carro que enguiça, mas depois volta a funcionar..."


paulotoscano647@gmail.com ou 021 9523-6667

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Trecho do livro Quatro num Fusca

Lauro pisa com vontade no acelerador. O fusquinha corresponde e em poucos minutos o ponteiro do velocímetro chega a 130.

A força do vento é grande, o carro balança. Lauro precisa ficar atento, para que o fusquinha não saia da estrada.

Lauro acelera o carro ao máximo. A pista asfaltada pacece correr no sentido contrário, a grande velocidade. As árvores deliszam rapidamente à margem da estrada. Mesmo assim, o carro verde se aproxima.

Numa subida, o fusquinha perde velocidade. O carro verde o ultrapassa...